desenvolvimento de branding e identidade visual
branding e direção criativa Maria Clara Frasso
identidade visual Yan Lassance
Sociedade Interativa é uma marca que contempla diversos projetos liderados pelo professor Anderson Costa, docente no Departamento de Geologia da UERJ.
O projeto é realizado com o apoio e investimento do CNPq e possui atuação conjunta com a UFRRJ.
A marca centralizará um conjunto de iniciativas colaborativas a curto, médio e longo prazo que terão como intuito central fomentar uma estrutura de ação colaborativa tanto intelectual teórica quanto prática em prol da valorização do conhecimento e da atuação na área das Ciências.
Desse modo, acessibilizar o conhecimento acadêmico e científico não apenas na Academia entre docentes e discentes, mas, principalmente, ao tornar-se uma ferramenta que ativamente busca reduzir as distâncias entre a sociedade e a Academia.
A educação acerca desse campo é escassa até mesmo para os estudantes que ingressam no curso de Graduação, muitos dos quais acabam por desistir do curso, seja por falta de identificação ou condições financeiras.
Urge a necessidade de uma educação de base e de meios informativos que consigam trazer a Geologia para perto das pessoas afim de que entendam suas aplicações na sociedade moderna.
Reconhecer o papel da Geologia gera a capacidade de perceber que está aplicada em tudo o que vemos e, que sua atuação, independente da área, tem implicações desde a formação do planeta em que vivemos até no cenário político que nos impacta como cidadãos.
UERJ FORMAS E PERSPECTIVA
Inspiração na arquitetura Brutalista da Universidade, centro formador do projeto Sociedade Interativa e que representa amplo poder de transformação social. São 40.000 alunos formados pela UERJ anualmente mostrando sua potencialidade e impacto na sociedade.
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A partir do desafio de obter aprofundamento em uma área repleta de especificidades e distinta de outros projetos elaborados até então, o processo de imersão e laboratório foi essencial tanto para a aproximação com os tópicos pertinentes acerca da Geologia e também da UERJ, assim como os indivíduos envolvidos diretamente com o projeto.
Tomando como base questionários e conversas, além de imersão presencial na Universidade, foi possível compreender aspectos que se mostraram chave no processo de elaboração criativa, como será apresentado adiante.
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ABORDAGEM CRIATIVA
Propor uma visão de direção criativa e desenvolvimento da marca a partir da arte como um encontro entre o time de branding e Sociedade Interativa.
Uma forma de todos colaborarem e cooperarem em suas expertises já com uma metalinguagem sobre o projeto, que visa valorizar as diversas formas de conhecimento.
Para isso, parte-se do primeiro entendimento que a ciência e a arte se encontram, de alguma forma, no lúdico através do imaginar, que vem antes do concretizar e do criar.
todo projeto que ambiciona promover o conhecimento, a reduzir
as distâncias com a sociedade e a encoraja a agir ativamente é revolucionário e na Academia a revolução existe a partir de uma atitude diária de questionamento, dedicação, pesquisa, constatação e superação.
INSIGHT #1
INFÂNCIA E AVENTURA
Dos insights lapidados a partir do questionário de imersão, foi clara a relação entre o interesse pela ciência com infância e família, muitos destacaram o quanto o desejo de trabalhar na área foi formulado através das relações com professores e os pais, principalmente a figura paterna.
Entende-se que a educação de base é de extrema importância e a correlação com a brincadeira, o lúdico e o ato dar formas à imaginação é indispensável para a consolidação de áreas para além das criativas. a criatividade deve ser uma força motriz dentro da educação não apenas na infância, mas também na vida adulta.
O BRINCAR E O ESTÉTICO
O primeiro mood board se estabeleceu através da ideia de olhar para a natureza como um conjunto de formas e cores a brincar; buscar descobrir um novo sentido ou um sentido estético nela por si só. As formas também remetem à infância e aqui o brincar pode se apresentar como um desafio da criatividade também na vida adulta.A criança dá sentido às formas aos poucos e explora as possibilidades de elementos, materiais e objetos simples a sua máxima capacidade. Tudo é possível aos olhos da criança, o simples pode resultar em experimentações mil, com cor e criatividade dando lugar a novos mundos.
"A MEMÓRIA FUNCIONA POR ESTRATIFICAÇÕES E, ASSIM COMO A PAISAGEM, MANIFESTA E DISSIMULA OS MOVIMENTOS GEOLÓGICOS QUE CONTRIBUÍRAM PARA A SUA FORMAÇÃO"
INSIGHT #2
MARCAS NO TEMPO,
MARCAS NA TERRA
A Geologia está presente em tudo o que já se formou; tudo o que já aconteceu, acontece, acontecerá.
As marcações do tempo que conseguem ser demarcadas e estudadas. É de fato um estudo de tudo pelo qual transitamos e como tudo se transforma. Como os mapas, a topografia se modifica e as marcações temporais são prova e arte formada na terra/Terra.
Existe um registro topográfico que acompanha o Brasil? "Um solo" metafórico que nos une ou representa? uma pluralidade de tons, recortes, solos, rochas que sejam o Brasil?
Na imagem, a Amazonita, um mineral típico do Brasil. Sua coloração foi inspiração para o desenvolvimento de parte da paleta de cores do projeto.
LAND ART
Movimento artístico em que as obras eram criadas a partir da natureza, de acordo com as especificidades de um sítio/local, e modificavam-se ao longo do tempo justamente por esse aspecto natural.
Fazer a conexão e pensar em materialidade como algo dinâmico, não estático, algo que se transforma, lapida, modifica ao longo do tempo. processos naturais
ARTICULAÇÕES
FINAIS
Unindo os conceitos e insights, foi possível chegar a referências para iniciar o projeto de identidade visual que comportassem, de alguma forma, todas as ideias essenciais do projeto.
Durante uma visita à UERJ para laboratório imersivo surgiu uma das grandes fontes de inspiração de todo o projeto: a pirita.
[a pirita, à esquerda, com seu sistema de cristalização cúbico, que parece esculpida; foto por Maria Clara Frasso. à direita, a escultura do brasileiro Túlio Pinto; foto do acervo do artista]
Articulando essa espécie de "escultura natural" com as obras de arte, a partir da ideia de que arte e ciência se encontram em um território de curiosidade pertencente ao imaginar, foi possível conectar também com as ideias de infância e brincadeira.
Assim, chegou-se a três valores distintos para a elaboração da identidade visual e, principalmente, construção do logo: tridimensionalidade, abrangência e perspectiva.